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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Denotação e Referência

Respondendo a Livy!
Eta preguntinha ardida!

O sintaticista aqui, na sua condição de não semanticista, ainda não vai se arriscar em mexer em vespeiros como esses, em que Russell, Fregue, Donnellan, Strawson, Kripke se meteram de alguma forma. Pô, se os caras não se entenderam...

Acredito mesmo que um sintaticista deva ter uma boa noção dessas coisas, mas eu sou um sintaticista em formação... heheheh. Enquanto isso, deixo a vocês o link abaixo:

http://disputatio.com/articles/012-1.pdf

Imagino que ele possa ajudar nessa questão. Por hora, aguardemos que eu a Livy tomemos coragem e escrevamos um post-zinho sobre isso.

Abraços a todos,

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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sentido e referência

Um dos pontos básicos para se estudar semântica é entender qual a diferência do que chamamos de sentido e do que chamamos de referência. Apesar de alguns colegas acharem isso bastante simples, não acho que seja. Pelo menos não foi tão simples para mim.

No livro Semântica de Gennaro Cherchia, uma passagem deixa isso bem claro. Na verdade, nessa passagem o autor fala de indicialidade e vagueza; no entanto, trata-se de um ponto para lá de ilustrativo no que se refere ao tema deste texto. Asssim, podemos verificar a diferença entre referência e significado(sentido) observando os pronomes pessoais. Conforme o autor, "eu pode se referir a muitos indivíduos diferentes" e sua "interpretação requer que identifiquemos certos elementos do contexto de uso"; porém, "o significado de eu é sempre perfeitamente determinado: trata-se do falante"(Cherchia, 2006, p. 65). Eureka!!! Conforme o autor, o mesmo acontece para expressões indiciais (expressões que tem um 'dedo' apontando para o mundo, para o contexto, ou para um individuo x dado pelo contexto...) como aqui e portanto, lá, ele, você etc.


Assim, o elemento 'eu'  é igual a 'aquele que fala',   mas 'aquele que fala' será o indivíduo no mundo, ou numa dada situação que efetivamente fala naquele momento. Uma vez será o Marcos, outra o José... etc!

Outros exemplos de contrastes que podemos estabelecer para deixar mais clara essa diferença (sentido x referência), pode ser feita com os pares de expressões abaixo:

a) Curitiba fica no leste do Paraná
b) A capital do Paraná fica no leste do Paraná

Tanto em (a) quanto em (b), a referência é a mesma, mas o significado veiculado pelas duas sentenças não. Se as duas sentenças tivessem o mesmo sentido/significado, as três sentenças abaixo seriam equivalentes.

(c) Curitiba é a capital do paraná
(d) Curitiba é Curitiba
(e) A capital do Paraná é a Capital do Paraná

Observe que somente (c) é informativa, mas (d) e (e) são tautológicas.

Informativa, tautológica? Ah! isso é assunto para outro post! O que posso dizer, por ora, é que somente (c) diz algo 'novo'. Ou que somente a (c) podemos atribuir um conceito verdade, isto é, dizer se é verdadeiro ou falso.

A idéia desse post era a de exercitar minha capacidade de relembrar minhas aulas e leituras sobre semântica. Falando em lembrar, o pai desta distinção deve ser Gottlob Frege.

Para saber mais:
Cherchia, Gennaro.  Semântica. Eduel/Unicamp, 2003. Trad. R.Ilari, L.Negri. L.A.Pagani
FREGE, Gottlob. (1982). Sobre o Sentido e a Referência. In: Lógica e Filosofia da Linguagem. São Paulo, Cultrix/Edusp, 1978.


Abraços,

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Novo novo visual...

Olá, pessoal
Estou numa batalha por uma cara nova para meu blog, enquanto eu não encontrar, estarei de greve. Não escreverei mais nada que valha um feed! Necas!!!
Meu blog está em greve (melhor) até que seu dono seja capaz de fazer dessa bagaça algo agradável...
enfim, algo que valha O FEED!!!
Enquanto isso, na sala de justiça... eu fico ruminando idéias escrevíveis...





té+

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