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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

DP e referencialidade

Na semana passada, a Prof. Teresa me disse que iria discutir com seus alunos de introdução à Sintaxe, a noção de DP e por que da necessidade dessa categoria.

Estive pensando nessa questão. Antes de ir, ela me disse informalmente que o DP estava para o NP, assim como o IP está para o VP. Sei que em minha pesquisa, nunca me concentrei nessa questão. Apesar de ela ser uma questão de base, não a resolvi na época certa, concentrando-me nos assuntos de Predicação e Small Clause, o que não me permitiu pensar mais a fundo cada tipo de relação que a teoria codifica. Sei que naquela conversa, minha colega e professora não pode responder essa questão, ela estava atrasada para sua aula. Nem eu, que supostamente deveria saber,... não sabia! E fiquei com a pulga atrás da orelha.


Não demorou muito e numa discussão com a Daniela, sobre algo nada a vê com este tema, acabamos caindo na questão do significado. E ao tentar explicar o diferença de significado de 'professor' e 'o professor', caí justamente no ponto da Teresa.

Ora! Percebi, então, que 'professor' não denota um indivíduo, mas uma classe, ou conjunto. Algo que eu já havia aprendido, mas faltou eu fazer estas sinapses a mais no meu cérebro. Porém, 'professor' não denota um ser específico no mundo, seu referente. Para ter um referente, seria preciso uma categoria DP projetada, portanto, somente assim, posso 'apontar' um indivíduo no mundo 'o professor'.

Interessante é que, do jeito que apresentei acima, 'o professor' ainda pode denotar uma classe, ou um grupo, uma profissão (por exemplo) e ter um sentido bastante genérico. Mas 'professor' não pode denotar um indivíduo específico. Por outro lado, se num contexto, enuncio a sentença 'O professor chegou atrasado', estou me referindo a um indivíduo posto no contexto. Mesmo assim, a sentença 'O professor não é valorizado' pode ser novamente utilizada num contexto em que não se aponte um indivíduo específico e, ainda assim, o ponto da referencialidade está valendo, pois em algum 'nível' de sentido, localiza-se um objeto que se opõe a outros, como médico, carpinteiro, dentista... sem que se recorte o indivíduo no mundo.

É... acho que ainda não entendi isso...

Alguém me ajuda?

sábado, 18 de outubro de 2008

Hello World

Não sou programador, mas achei que o título dessa mensagem inaugural de meu blog ficaria muito bom caso eu começasse com "hello world"(olá mundo). (para quem não sabe, o primeiro programinha que alguém faz em C é nada mais do que a apresentação no vídeo da mensagem "hello world").

Faz algum tempo quem venho pensando num blog. Em um lugar em que eu pudesse colocar algumas de minhas idéias e questões que me aparecem em minha vida profissional e acadêmica.

Este não é um espaço estilo diário eletrônico. Não. As coisas que acontecem no meu dia ficam guardadas em algum lugar no tempo e no tempo ficam e passam... não as registro.

Quero fazer desse espaço, um lugar para eu trocar e registrar minhas idéias relacionadas a temas ligados a lingüística, a línguas em geral, a textos que eu achar interessantes serem divulgados e a minhas produções intelectuais. Quero aproveitar para criar um espaço de diálogo em torno desses temas. Só! O que já é muito.

Meu nome é Marcos Carreira, tenho 31 anos, sou mestre em Linguística pela UFPR, professor de português, inglês e esperanto. Adoro lingüística e estudar línguas. Gosto de ler literatura brasileira. Gosto de política e educação e discussões que giram em torno desses temas.